A Importância dos Catequistas


Na última pesquisa realizada pela Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética, apurou-se que a diocese de São José dos Campos possui cerca de 3250 catequistas, atuando na catequese infantil, na catequese crismal e na catequese com adultos.  São homens e mulheres, que doam parte de seu tempo, para se dedicar à educação na fé de cerca de 45 mil catequizandos, distribuídos nas 43 paróquias.
Padre Célio Alves Bernardes é o Assessor Diocesano da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética e conversou com a reportagem do Jornal Expressão por ocasião do Dia do Catequista, que será celebrado neste domingo, 26 de agosto. 

Jornal Expressão – Qual a importância desse trabalho?
Padre Célio - A educação na fé. A importância da catequese está em propiciar o encontro com Jesus que nos revela o mistério de Deus, bom e misericordioso, a dignidade da pessoa humana à luz da filiação divina, a felicidade entre nós, o perdão dos pecados, a vida nova que nasce da fé, se manifesta na caridade e se alegra na esperança da felicidade eterna. A catequese é, portanto, todo o processo de iniciação à vida de fé. Inclui o crescimento na santidade pessoal e a inserção na comunidade à luz da palavra de Jesus. Coincide, assim, com a conversão para Deus na constante superação do pecado e na vida da graça. Neste processo, vamos interiorizando os sacramentos de iniciação: o batismo, a eucaristia e a crisma, que nos capacitam a enfrentarmos a realidade da vida humana como filhos e filhas de Deus, na força do Espírito e na prática da caridade fraterna.

Jornal Expressão - Alguém que sinta o chamado a ser catequista, quais atitudes tomar?
Padre Célio - A vocação é um chamado de Deus Uno e Trino, porém um mistério. Se alguém sente este chamado, desejo de trabalhar com crianças, jovens ou adultos, primeiramente procure seu pároco. Ele fará os encaminhamentos para a Pastoral Catequética. Aos poucos esta pessoa fará a experiência do discípulo missionário que vai se configurando na sua trajetória de avanços, desafios e alegrias. É a pedagogia divina, que se concretiza na sua vida permeada de fragilidades e grandeza, medos e coragem, humana e humanizadora daquele (a) que se sente chamado(a).
Jornal Expressão – Como seria nossa Igreja sem os catequistas?
 Padre Célio - Ousaria afirmar que é impossível imaginar uma Igreja sem a presença dos catequistas. Nós sabemos por fontes históricas que a catequese é uma atividade tão antiga quanto a própria Igreja.
Jornal Expressão – Qual a importância de celebrar o dia do Catequista?
Padre Célio - Antes de qualquer coisa, o reconhecimento pela pessoa do catequista. Em muitos lugares aonde o padre não chega o catequista lá está. Celebrar o Dia do Catequista é sempre uma graça, motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o ser do catequista, sua vocação e missão na Igreja e sociedade. Ao celebrar o Dia do Catequista queremos refletir sobre a vocação do catequista, que é a vocação do Profeta ‐ aquele/la que fala em nome de Deus e da comunidade a que pertence. A iniciativa sempre parte de Deus. O chamado a ser catequista não é algo pessoal, mas obra divina, graça.
Por fim, queridos(as) catequistas, nesse dia acolha o abraço de gratidão de milhares de pessoas, vidas agradecidas, pela sua presença na educação da fé de crianças, adolescentes, jovens e adultos. Em sua ação se traduz de uma forma única e original a vocação da Igreja‐Mãe que cuida maternalmente dos filhos que gerou na fé pela ação do Espírito.

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