Unidade entre as religiões cristãs. É possível?

No ano de 1964, em Jerusalém, veio a acontecer um encontro histórico. Nessa ocasião, o patriarca ecumênico de Constantinopla, Atenágoras I, deu como presente um ícone ao Papa Paulo VI.


No ícone figuram as imagens dos apóstolos Pedro e André dando-se um abraço. Na verdade, aquele encontro representava também o abraço dos sucessores desses dois apóstolos.


Escrito em grego, o ícone deixa uma referência muito sugestiva: “os santos irmãos apóstolos” (cf. Jo 1,40).
O ícone, e o encontro que plasmou o conteúdo dele, representa que o diálogo das diversas confissões cristãs traz frutos somente quando é levado em espírito de amor fraterno.
Tal consciência tomou um rumo decisivo recentemente.

"Com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica empenhou-se, de modo irreversível, a percorrer o caminho da busca ecumênica". ( S.S. São João Paulo II, Ut Unum Sint, 3.77)

Alguns dos bispos que trabalham pela unidade dos cristãos pensam que um dos resultados mais importantes de tal esforço é a fraternidade reencontrada.
A busca pela unidade dos cristãos é possível na medida em que não fica limitada a negociações e documentos assinados, mas busca colocar no contexto da fraternidade e de uma visão comum de missão a diversidade das confissões cristãs. Isso sem fugir do drama que manifesta a divisão entre os seguidores de Cristo.
Dito isso, nos unimos à pergunta do último grande documento sobre o assunto: Quanta est nobis via?
"Quanta estrada nos separa ainda daquele dia abençoado, em que será alcançada a plena unidade na fé e poderemos então na concórdia concelebrar a santa Eucaristia do Senhor?” ( S.S. São João Paulo II, Ut Unum Sint, 3.77).
Enquanto caminhamos reconhecemos com humildade o que nos distancia e ao mesmo tempo a força dos vínculos gerados por Cristo que fazem de todos nós irmãos e irmãs na fé e no seguimento do Senhor.

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