O que é ideologia de gênero ? Qual posição da Igreja Católica ?

O que é ideologia de gênero  ? Significado, tipos, como funciona nas escolas, o que diz a Bíblia Sagrada, qual posição da Igreja Católica e do Papa Francisco 

 



Ao longo de período passado, o público se tornou cada vez mais consciente das lutas daqueles que vivenciam disporia de gênero, e o movimento para criar mandatos legais para acomodação das pessoas que se identificam como um gênero diferente do sexo biológico se tornou mais prevalente. A ideologia de gênero

O termo transgênero se refere a uma pessoa cujo sexo atribuído no nascimento, geralmente com base na genitália externa, não alinha sua identidade de gênero, ou seja, o senso psicológico de seu gênero.

Algumas pessoas que são transexuais vão vivenciar “disforia de gênero”, que se refere ao sofrimento psicológico que resulta de uma incongruência entre o sexo atribuído no nascimento e a identidade de gênero.

Embora a disforia de gênero muitas vezes comece na infância, algumas pessoas podem não vivenciar isso até após a puberdade ou muito depois.

ideologia de gênero, e segundo políticos e ativistas conservadores, redefine reformas que beneficiam mulheres e povo LGBTI, como o direito do casamento de 2 pessoas de mesmo sexo, como “imposição” do sistema de crenças, que ameaça valores cristãos e corrompe a sociedade.

A questão da disforia de gênero é um assunto sensível que exige uma resposta compassiva. Como Católicos, é a crença mais fundamental que cada ser humano foi criado na imagem e semelhança e Deus e tem valor inestimável e dignidade.

Ninguém deve ser um objeto de desprezo, ódio, ou violência por qualquer razão, incluindo aqueles que buscam transição de gênero ou que se recusam a se identificar como homem ou mulher.

A Igreja Católica ensina que Deus nos criou, homem e mulher, e que nossos corpos, almas, e identidades como homem e mulher são todas integrais para quem nós somos como pessoas humanas (Catecismo da Igreja Católica).

Papa Francisco, Laudato Si’, 2015

“A aceitação dos nossos corpos como dom de Deus é vital para acolher e aceitar o mundo inteiro como um dom do Pai e nosso lar comum, enquanto pensar que nós desfrutamos de um poder absoluto sobre nossos corpos, se transforma, muitas vezes sutilmente, em pensar que nós desfrutamos de um poder absoluto sobre a criação. Aprender a aceitar nosso corpo, cuidar dele e respeitar seu significado mais pleno, é um elemento essencial de qualquer ecologia humana genuína. Também valorizar o corpo de alguém em sua feminilidade ou masculinidade é necessário se eu sou capaz de me reconhecer em um encontro com alguém que é diferente. Desta forma, nós podemos com alegria aceitar os dons específicos de outro homem ou mulher, a obra de Deus o Criador, e encontrar o enriquecimento mútuo. Não é uma atitude saudável querer anular a diferença sexual, porque já não sabe como enfrenta-la.”.

Papa Francisco, Amoris Laetitia

“Precisa ser enfatizado que o sexo biológico e o papel do sexo (gênero) sócio-cultural podem ser distinguidos, mas não separados… É uma coisa estar entendendo a fraqueza humana e complexidades da vida, e outra aceitar ideologias que tentam separar o que são aspectos inseparáveis da realidade. Não caiamos no pecado de tentar substituir o Criador. Nós somos criaturas e não onipotentes. Criação é antes de nós e deve ser recebida como um dom. Ao mesmo tempo, nós somos chamados a proteger nossa humanidade, e isso quer dizer, em primeiro lugar, aceitar e respeitar como foi criada.”.

Congregação para Educação Católica do Vaticano contra ideologia de gênero

O Papa Francisco está particularmente preocupado sobre ideologia de gênero sendo ensinada para crianças, ideologia de gênero nas escolas, assim que garotos e garotas são encorajados a questionar, nas primeiras idades de existência, se são um garoto ou garota, e ouvir que gênero é algo que uma pessoa pode escolher.

É uma das razões explicando a Congregação para Educação Católica do Vaticano ter publicado um documento longo em 2019 intitulado, “Homem e Mulher, Ele Criou-os: Para Um Caminho de Diálogo Sobre a Questão da Teoria de Gênero na Educação”.

Para oferecer princípios claros para instituições educacionais católicas pelo mundo inteiro e equipar pais e educadores em instituições não católicas com argumentos como para o motivo de ideologia de gênero não apenas exacerbar a confusão das crianças que podem estar vivenciando disforia de gênero, mas confunde todas as crianças, minando o senso comum básico e sua segurança em saber sua natureza e identidade.

Pressão Cultural para Ideologia de Gênero

Papa Francisco também recuou corajosamente contra a pressão cultural, o que ele chama de “colonização ideológica”, sendo colocada sobre indivíduos, famílias, escolas, igrejas, culturas e países, que resiste a esta redefinição do que significa ser uma pessoa humana.

Os ideólogos de gênero desejam que nenhuma discussão seja permitida, debate ou opinião divergente, primeiro envergonhando como “intolerante” e então “cancelando” aqueles que se opõem as suas ideias radicais e sua implementação.

Pais que buscam obter ajuda psicológica aos filhos para resolver problemas subjacentes causando a confusão de gênero são, em alguns lugares, tratados como abusadores de criança.

Várias instituições governamentais e sociedades profissionais têm procurado proibir profissionais de saúde mental de mesmo oferecer tal cuidado, apesar do dano bem documentado que vem da prática errada de dar às crianças bloqueadores de puberdade, então hormônios do sexo oposto, e finalmente cirurgia de mudança de sexo.

É o motivo da liderança moral do Papa Francisco e clareza sobre esta questão ser tão importante. É também a razão que a coragem dele deve literalmente encorajar outros na Igreja a segui-lo em falar e trabalhar para opor a ideologia de gênero e tentar ajudar aqueles com confusão de gênero a obter ajuda verdadeira que precisam.


Uma associação de pediatras dos Estados Unidos declarou, através de seu site na Internet, que “a ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com um sexo biológico”, sendo os fatos, e não uma ideologia, que determinam a realidade.

A declaração da American College of Pediatricians expõe 8 razões para os “educadores e legisladores rejeitarem todas as políticas que condicionem as crianças a aceitarem” a teoria de gênero (Fonte: American College of Pediatricians - Gender Ideology Harms Children - September 2017).

1. A sexualidade humana é um traço biológico binário objetivo: “XY” e “XX” são marcadores genéticos de saúde, não de um distúrbio.
2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascem com um sexo biológico. Gênero é um conceito sociológico e psicológico, não um conceito biológico objetivo.
3. A crença de uma pessoa, que ele ou ela é algo que não é, trata-se, na melhor das hipóteses, de um sinal de pensamento confuso.
4. A puberdade não é uma doença e hormônios que bloqueiam a puberdade podem ser perigosos.
5. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-V), cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o próprio gênero aceitam seu sexo biológico depois de passarem naturalmente pela puberdade.
6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão requerer hormônios do outro sexo no fim da adolescência.
7. Taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo.
8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil.

Em um artigo publicado em 7/03/2017 no site Posición.pe, intitulado “Sobre a ideologia de gênero”, a doutora Pamela Puppo, doutora em biodiversidade, genética e evolução, afirma que, “não aceitar ideologia de gênero não é discriminação, não é ser intolerante nem homofóbico”, mas “é simplesmente biologia”. A especialista ressalta que “isto não é discriminação, é simplesmente biologia”. A doutora sublinhou que, contrariamente aos princípios da ideologia de gênero, “o fato de nascer homem ou mulher não é um fato cultural, é biológico”. “Não me digam que quando uma mulher que está grávida faz o ultrassom para saber o sexo do bebê e pergunta ao seu médico se é menino ou menina ela está sendo homofóbica?” Além disso, a especialista adverte que “a ideologia de gênero não promove a igualdade entre os sexos, a ideologia de gênero promove a assexualização do ser humano”. Entretanto, assinala, “o sentimento não supera a natureza”.


Ao finalizar seu artigo, a dra. Puppo sublinhou que “a igualdade não é conquistada negando as nossas diferenças sexuais, a igualdade é alcançada por meio do respeito das diferenças de cada sexo e o que cada sexo contribui para a sociedade”.

IDEOLOGIA DE GÊNERO PELA CNBB


Todos os dias recebo dezenas de questionamentos sobre o que vem acontecendo nas escolas sobre a “ideologia de gênero”. Um assunto delicado. É preciso esclarecer que nós, como Igreja, amamos todos os seres humanos. Antes de falar sobre qualquer coisa, precisamos dizer e praticar o que Jesus nos ensinou. Amar. No entanto, há uma imensa confusão sendo difundida, também nas escolas, que é a imposição da “ideologia de gênero”. Uma coisa é respeitar; outra coisa é querer impor uma “proposta” de sexualidade para crianças, nas escolas.

O papa Francisco fez diversas e claras advertências sobre a ideologia de gênero, uma corrente que considera que o sexo não é uma realidade biológica, mas uma construção sociocultural que diversos governos tentam impor através da educação das crianças e jovens. A seguir, 5 advertências claras que o Santo Padre fez a respeito deste tema polêmico:

  1. É uma colonização ideológica: No final de julho de 2016 dirigindo-se aos bispos da Polônia, o Pontífice afirmou que “na Europa, na América, na América Latina, na África, em alguns países da Ásia, há verdadeiras colonizações ideológicas. E uma destas, digo claramente com nome e sobrenome – é a ideologia de gênero! Hoje ensinam as crianças – as crianças! –, que estão na escola: que cada um pode escolher o seu sexo. E por que ensinam isto? Porque os livros são das pessoas e instituições que lhes dão dinheiro. São as colonizações ideológicas, sustentadas também por países muito influentes. Isto é terrível”.
  2. Esvazia o fundamento antropológico da família. Na exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, sobre o amor na família, publicada em março de 2016, o Santo Padre explica no parágrafo 56 do documento, que a ideologia de gênero “prevê uma sociedade sem diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família”. Além disso, procura uma identidade humana que pode se determinar de forma individual e ser trocada no tempo. “Esta ideologia leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher”.
  3. É um equívoco da mente humana. Em março de 2015, o papa Francisco se referiu às “colonizações ideológicas” que afetam seriamente a família, pois são “modalidades e propostas que existem na Europa e chegam também do outro lado do Oceano. E há também esse erro da mente humana que é a teoria de gênero, que cria tanta confusão”.
  4. É um passo atrás. Em abril de 2015, o papa ofereceu uma catequese sobre o ser humano criado por Deus como homem e mulher, na qual disse: “A cultura moderna e contemporânea abriu novos espaços, novas liberdades e novas profundidades para o enriquecimento da compreensão desta diferença. Mas introduziu também muitas dúvidas e muito ceticismo. Por exemplo, pergunto-me se a chamada teoria do gênero não seja expressão de uma frustração e de uma resignação, que visa a cancelar a diferença sexual porque não sabe mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de dar um passo atrás. A remoção da diferença, na verdade, é o problema, não a solução do sexo”.
  5. Doutrinar crianças com ideologia de gênero é uma maldade. Na tradicional coletiva de imprensa que oferece na volta das suas viagens internacionais, especificamente no voo de Azerbaijão a Roma, o papa assinalou que “as pessoas devem ser acompanhadas como as acompanha Jesus. Quando uma pessoa tem essa condição e chega diante de Jesus, o Senhor não lhe dirá: Vai embora porque você é homossexual! Não! Eu me referi sobre a maldade que se faz hoje com a doutrinação da teoria de gênero”.

Está na hora dos pais abrirem os olhos e conhecerem o que as escolas públicas e particulares estão ensinando. O pior de tudo são os textos que o MEC já está enviando para a educação em todos os níveis, carregados desta míope visão do ser humano. Respeitamos a opção pessoal de cada um, mas não se admite impor desde a infância uma ideologia que contradiz a natureza humana.

A ideologia de gênero é perigosa e maldosa.  A Igreja ama e acolhe todo ser humano, mas jamais pode compactuar com uma ideologia que quer levar uma mentira tão absurda como esta para as salas de aula.


Fonte : 

https://jovenscatolicos.com.br/

https://www.cnbb.org.br/ideologia-de-genero/

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