Comunicação Pastoral : Ensinando as pastorais a se comunicarem melhor

A comunicação na igreja, muitas vezes, acaba acontecendo de forma desorganizada e não surte o efeito desejado, em alguns casos, deixando os paroquianos confusos.


Isso se dá por diversos fatores, tais como: inputs de todos os lados e pastorais, divulgações sem conferência de informações, duplicidade de funções ou até, por questões de ego.

Para esses e outros fatores negativos serem sanados e a comunicação aos fiéis se tornar fluída, só há uma alternativa: a união e a comunicação entre as próprias pastorais existentes.

Quer saber como fomentar e ensinar esses hábitos que parecem simples, mas, que para muitas pessoas não são? Confira, abaixo, algumas dicas que separamos sobre como conduzir e se posicionar melhor no dia a dia e no relacionamento na Igreja!


#Dica 1: O papel da Pascom

Mais conhecida como Pascom, a Pastoral de Comunicação tem um papel fundamental na melhora da comunicação na igreja. Transmitir a mensagem de forma clara e objetiva, utilizando de identidade visual adequada (alinhada aos objetivos) e, com isso, gerar envolvimento para os resultados almejados pela paróquia são apenas algumas das funções básicas.

Nem sempre há pessoas capacitadas dentro da própria Pascom. Isso porque, como em qualquer pastoral, ela é formada por voluntários e pessoas com boa vontade, em primeiro lugar. E esse não é um problema, afinal, Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos.

Então, a partir do momento que você está na Pascom, busque alternativas para melhorar sua comunicação pessoal, com o grupo, demais pastorais e, enfim, com o corpo todo da igreja. É essencial ter esse senso de aprimorar habilidades constantemente e de trocar conhecimento com os demais membros. Não tenha medo dessa troca.

A humildade é o primeiro passo para o sucesso. E, caso você seja o detentor de algum conhecimento, compartilhe sempre! Lembre-se que é preciso ensinar para poder delegar e aproveitar melhor os "braços" à disposição. Caso necessário, faça ajustes no percurso até que todos estejam em sintonia e executando suas funções da melhor forma.

A maior dificuldade que os membros dessa pastoral geralmente encontram é a de ser reconhecida pelas demais como, efetivamente, a responsável por todas as comunicações que saem em nome da igreja. Às vezes, por falta de conhecimento sobre a existência dela, suas reais funções ou, por ego, as outras pastorais esquecem ou ignoram a existência de uma pastoral dedicada e preocupada em utilizar os canais de comunicação oficiais da paróquia como porta-voz de todas as iniciativas lá dentro realizadas.

Então, a dica é (essa para todos os membros de pastorais): confie na Pascom! É preciso contar com ela desde o planejamento de qualquer iniciativa a ser realizada na paróquia. Primeiro, para ouvir um grupo dedicado a essa função, segundo, para delegar a quem, de fato, é o responsável pela função de comunicar e, terceiro e último, para fazer a iniciativa ganhar ainda mais força, uma vez que somente por meio dos canais oficiais as ações podem conquistar ainda mais alcance e obter sucesso para a paróquia como um todo.

#Dica 2: A união faz a força

Ao invés de trabalharem de forma individual, todas as pastorais devem buscar se entrosar, comunicando-se umas com as outras para estarem todas em sintonia acerca dos assuntos paroquiais. Isso porque, independente da qual pastoral a qual você pertence, quando algum fiel lhe perguntar algo, ao responder, você representa essa instituição como membro dela. Então, é preciso estar preparado para fortalecê-la, contribuindo para a atração dos fiéis e conversão.

Fomentar o engajamento das pessoas na sua paróquia colabora muito para que ela cresça e, é isso que todo integrante deseja, não? É preciso se conscientizar que, não somente como católico, mas, como membros de pastorais, temos uma grande responsabilidade: propagar a Palavra de Deus.

Para isso acontecer de forma muito mais fácil, basta manter-se em contato com as demais pastorais, ter um grupo no WhatsApp, aproveitar as reuniões de CPP como oportunidades de relacionamento, de troca, fazer amizades, ter curiosidade para conhecer o que as demais pastorais estão realizando, envolver-se com os projetos sempre com o pensamento de: “com o que a minha pastoral pode contribuir para que eles sejam ainda maiores?”

Pode ser que você encontre resistência e estranheza no caminho? Sim. Mas, com o tempo, as pessoas perceberão que você veio para somar e não para competir. Esse desafio de conquistar aos poucos a confiança das pessoas também faz parte da missão, então, é preciso encará-lo!

A dica, portanto, é: fomente a união dos grupos!

#Dica 3: Não tenha medo do novo

Quando receamos o novo, automaticamente nos fechamos também para as pessoas, o que bloqueia diretamente uma abertura à comunicação.
Na igreja, é comum pessoas irem e virem, entrarem e saírem de pastorais, mas, há aquelas também, que estão lá desde o início com muito amor, disponibilidade e dedicação pela obra. Claro que isso é louvável, mas, por que não utilizar todo esse conhecimento adquirido em anos de experiência para montar um quebra-cabeça de melhorias junto aos novos participantes?

Todos precisam lembrar que, antes da missão da pastoral, há a missão de ser católico, de amar o próximo como a si mesmo. Esse respeito vale para todos os lados: tanto para as pessoas com mais "tempo de casa", quanto para as que estão chegando agora. Tendo em primeiro lugar esse respeito e, mantendo a abertura à comunicação, é possível encontrar o equilíbrio.

#Dica 4: Disseminando conhecimento

Com uma Pastoral de Comunicação estruturada, unida e fluída, que tal pensar em formar as outras pastorais também? Afinal, como todas são indiretamente porta-vozes da paróquia, seria interessante adquirirem mais noções de comunicação, para aí então, ajudarem na transmissão da mensagem de forma mais correta e clara.

Para isso, uma sugestão é propor um dia/manhã de workshop de comunicação na igreja. Seja numa apresentação que reúna as pessoas e traga ainda mais oportunidades de relacionamento, é essencial que se destaquem pontos como: a união, o fato de que todos somos porta-vozes, o papel da Pascom, entre outros pertinentes às dificuldades da sua realidade local.

Trazer essa boa prática de maneira agregadora e sem arrogância pode até, quem sabe, instigar outras pessoas a fazerem parte da Pascom. De repente, essa iniciativa se amplia às outras pastorais para que, a cada mês, uma seja responsável por também apresentar para as demais seus papéis e responsabilidades. Isso gera proximidade, respeito, amplia conhecimento e a colheita de bons frutos.

#Dica 5: Fale

Por último, uma dica básica para a boa comunicação: falar. Não tenhamos medo de falar por receio do que irão pensar. É preciso conscientizar-se de que tudo é por um propósito maior, e que é melhor que algo seja falado e corrigido entre os membros das pastorais antes de chegar aos demais paroquianos frequentadores da igreja.

É preciso se sentir em casa junto aos demais membros das pastorais. Se não houver liberdade para falar e trocar opiniões entre os próprios membros, como será possível se relacionar com o público da igreja em geral? É urgente romper a barreira da falta de relacionamento, do olhar que vai além, de ver o outro com os olhos de Cristo e, não só pelo que nossos olhos humanos enxergam.

Falar ajuda o outro a entender e não fazer suposições, permitindo a chance de te convencer, te conhecer, agregar e aprender com você. Falar e se comunicar é um dom e, como todo dom dado por Deus, é preciso ser utilizado da melhor forma possível. Então, a dica é falar e saber ouvir, permitindo que os outros falem até que se encontre o equilíbrio para a união e fortalecimento do amor entre irmãos.

E aí? Vamos nos comunicar?

Fonte : agenciaarcanjo.com.br

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