Nossos filhos pequenos não têm obrigação de ir à Missa, porém, é muito bom que eles nos acompanhem na celebração eucarística.
Pode ser que eles reclamem agora, só que mais para frente os filhos saberão onde encontrar a força necessária para superar seus desafios. Os pais têm a missão de oferecer educação religiosa aos filhos.
Se a criança não quer ir à Missa, é bom perguntar-lhe por quê. Talvez ela própria não saiba dizer a razão, mas vale a pena procurar compreendê-la e dar-lhe uma resposta adaptada à sua idade. Na maioria dos casos, a criança não espera que os pais cedam e a deixem ficar em casa, mas que lhe deem razões e a ajudem a ultrapassar a dificuldade.
Levo meus filhos ou fico esperando eles quererem ir?
Muitos pais têm essa dúvida, e até pessoas que já têm uma caminhada na Igreja ficam inseguras quando o assunto é levar os filhos à Missa. E aí, levo-os ou fico esperando eles quererem ir? A resposta se encontra em outra pergunta: caso seu filho não queira ir à escola, você permitiria e o deixaria escolher quando estivesse adulto? Essa é a linha de nossa reflexão.
Uma motivação para os pais levarem seus filhos vem do Papa emérito Bento XVI quando esteve no Brasil: Temos de motivar os cristãos para que participem nela ativamente e, se possível, melhor com a família. A participação dos pais com seus filhos na celebração da eucaristia dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O domingo significa ao longo da vida da Igreja o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado1”.
É dos pais a responsabilidade da educação religiosa dos filhos
Essa é uma pergunta que muitas mães se fazem e também as pessoas que já têm caminhada na Igreja. Devo levá-los ou deixar que queiram ir? Respondo essa pergunta com outra: Se seu filho não quiser ir à escola, você deixa ele ficar sem ir, para escolher depois de adulto? A resposta é a mesma.
Devemos encaminhar nossos filhos, desde pequenos, à Missa. No início, podem reclamar, mas quando forem adultos e precisarem de consolo, saberão onde buscá-lo. A responsabilidade da educação religiosa é dos pais, sendo “adubada” pela catequista depois. Entretanto, precisamos pensar nas causas desse sentimento do filho, para aplicar o remédio correto.
O exemplo começa em casa
Sua casa é uma igreja doméstica. Você tem tempo para rezar com seus filhos nas refeições, na hora de dormir, antes das provas, indo à escola entre outros momentos? Se fizer isso, ficará mais fácil para eles entenderem que ir à igreja também faz parte desses momentos.
Chega a adolescência e é mais difícil o controle. Porém, se você o colocou para fazer a catequese, motivou-o a participar dos movimentos para crianças e jovens na igreja, os amigos serão um facilitador.
Depois de adultos, não conseguiremos mais os obrigar, mas poderemos sempre os convidar para ir à igreja. Num determinado momento, poderão aceitar o convite, pois, quando são educados na fé, buscam Deus pelo amor ou por uma situação de dor.
Não existe fórmula mágica de como levar um filho à igreja, mas o ditado “o hábito faz o monge” se aplica a essa situação, pois quando levamos nossos filhos à igreja, acabam criando o padrão de irem à Missa. Quando são levados à Missa e lhes são ensinados parte por parte da celebração, com toda a sua riqueza litúrgica, eles aprendem a gostar dela e verem sentido. Porém, o que mais marca aos filhos é a forma como os pais se relacionam com Deus, e daí vão à Missa por obrigação ou para encontrar um grande amigo e partilhar em comunidade esse amor.
Referências:
1 Papa Bento XVI durante a Sessão Inaugural dos Trabalhos da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em Aparecida, SP, 13.05.2007.
Texto extraído do livro “Como Participar da Missa com Crianças?“, de Rodrigo Luiz e Adelita Stoebel.
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