Há o medo de que ideologias se aproveitem para impor sua agenda, diz secretário-geral do Sínodo da Sinodalidade
O secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo da Sinodalidade, cardeal Mario Grech, alertou que "há o medo" de que os relatórios de estudo para o Sínodo da Sinodalidade não sejam levados “a sério ou que ideologias e lobbies de fiéis se aproveitem do caminho sinodal para impor a sua própria agenda".
O cardeal disse que esses relatórios "contam muitas vezes a experiência de pessoas que fizeram uma verdadeira conversão pessoal".
"Outros, porém, falam de pessoas que continuam a experimentar confusão, preocupação ou ansiedade", disse.
O cardeal reiterou que o Sínodo da Sinodalidade "não é sobre este ou aquele tema, mas sobre a sinodalidade, sobre como ser uma Igreja missionária em caminho. Todas as questões teológicas e propostas pastorais de mudança têm este objetivo".
"A assembleia será sobretudo um momento em que cada participante, situando-se num caminho iniciado em 2021 e trazendo a 'voz' do povo de Deus de onde provém, invocará a ajuda do Espírito Santo e a dos seus irmãos e irmãs para discernir a vontade de Deus para a sua Igreja, e não uma oportunidade para impor a sua própria visão da Igreja", acrescentou o cardeal.
O trabalho dos teólogos em Roma chegou ao fim
Segundo informações da Secretaria Geral do Sínodo divulgadas hoje (14), chegou ao fim o primeiro trabalho sobre o Instrumentum laboris 2 ou "instrumento de trabalho" para a segunda e última sessão do Sínodo da Sinodalidade por um grupo de teólogos.
Esse grupo de teólogos, composto por bispos, sacerdotes, consagrados e leigos, se reuniu em Roma desde 4 de junho para estudar os 107 relatórios das conferências episcopais e das Igrejas Orientais Católicas para o Sínodo da Sinodalidade.
Estudaram também as mais de 175 observações, provenientes de realidades internacionais, faculdades universitárias, associações de fiéis ou de comunidades e indivíduos.
Segundo o relator-geral da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, cardeal Jean-Claude Hollerich, "o santo povo de Deus pôs-se em movimento pela missão graças à experiência sinodal".
"Esta conhece respostas entusiásticas e criativas, mas também resistências e preocupações. A maior parte dos relatórios mostra, porém, a alegria do caminho feito, que deu nova vida a muitas comunidades locais e provocou também mudanças significativas no seu modo de viver e de ser Igreja", disse Hollerich.
Fonte : https://www.acidigital.com/
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