São João Paulo II escreveu sobre isso em uma de suas encíclicas mais conhecidas
Um dos legados mais duradouros de São João Paulo II é seu forte apoio à vida, desde a concepção até a morte natural. Ele passou todo o seu papado defendendo os nascituros e compilou seus pensamentos em uma de suas cartas encíclicas mais poderosas: a Evangelium Vitae.
Uma declaração impressionante neste documento conecta a rejeição ao nascituro, em última análise, com a rejeição a Jesus Cristo.
Ele começa esta declaração referindo-se ao livro do Apocalipse e explica como essa comparação pode ser interpretada em um sentido mais amplo, referindo-se a cada criança:
"Maria ajuda a Igreja a tomar consciência de que a vida está sempre no centro de uma grande luta entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. O dragão queria devorar «o filho que estava para nascer» (Ap 12, 4), figura de Cristo, que Maria gera na «plenitude dos tempos» (Gal 4, 4) e que a Igreja deve continuamente oferecer aos homens nas sucessivas épocas da história. Mas é também, de algum modo, figura de cada homem, de cada criança, sobretudo de cada criatura débil e ameaçada, porque — como recorda o Concílio — «pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem»".
Isso leva São João Paulo II a fazer uma conexão específica com o aborto, mas também com qualquer crime contra a vida humana:
"Precisamente na «carne» de cada homem, Cristo continua a revelar-Se e a entrar em comunhão conosco, pelo que a rejeição da vida do homem, nas suas diversas formas, é realmente rejeição de Cristo. Esta é a verdade fascinante mas exigente, que Cristo nos manifesta e que a sua Igreja incansavelmente propõe: «Quem receber um menino como este, em meu nome, é a Mim que recebe» (Mt 18, 5); «Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40)."
Ofensa a Jesus
São João Paulo II quis deixar claro que toda ofensa contra os seres humanos, especialmente os mais vulneráveis da sociedade, é, na verdade, uma ofensa a Jesus Cristo.
É um ensinamento difícil, mas, como assinala São João Paulo II, está enraizado no Evangelho. Uma pessoa pode não acreditar deliberadamente que está rejeitando Jesus, mas esse é o caso sempre que pecamos.
Cada pecado que cometemos é uma forma de rejeitarmos a Deus e seu plano para nós.
Portanto, clamemos a Deus e peçamos perdão por todas as vezes que o rejeitamos, e façamos tudo o que pudermos para apoiar os mais vulneráveis da sociedade, desde a concepção até a morte natural.
Fonte Aleteia
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário
Siga @cartasdeovero no Instagram e facebook também !