Por que Santo Antônio é o santo casamenteiro?

O Dia de Santo Antônio, 13 de junho, é uma data de grande importância para muitos brasileiros. Juntamente com São João e São Pedro, ele é um dos santos reverenciados durante as festas juninas. Santo Antônio se destaca por um aspecto peculiar: é o "santo casamenteiro". Segundo a crença popular, ele ajuda as pessoas a encontrarem um companheiro ou companheira e incentiva uniões por meio de uma devoção fervorosa.





Santo casamenteiro, santo das coisas perdidas, o pão de santo Antônio… A ele são atribuídas muitas virtudes, muitos milagres e prodígios. O santo nascido em Lisboa, Portugal, ganhou a fama ser casamenteiro pois em certa ocasião intercedeu por uma jovem que teria conseguido fazer um ótimo casamento.

A história retrata que a fama de casamenteiro se deu porque Santo Antônio teria atendido aos rogos de uma moça que para casar precisava um dote. Ela teria recebido de Santo Antônio um bilhete para entregar a um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata segundo o peso do papel. Pensando que o papel pesaria muito pouco ele aceitou. Mas foram necessários 400 escudos da prata para que a balança chegasse ao equilíbrio. O comerciante lembrou-se de uma promessa que havia feito a Santo Antônio e não havia cumprido: dar 400 escudos de prata. A jovem recebeu a quantia e pode assim casar-se.

Segundo o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), existem outras histórias. Mas a fama de casamenteiro está presente na piedade de nosso povo e no Brasil, ele é o santo mais estimado.

“Os santos são a historização da fé. São a visibilização da fé, do Evangelho, do seguimento de Jesus Cristo. Na história da Igreja Deus suscitou homens e mulheres que indicassem a beleza do seguimento de Jesus, a alegria da santidade. A devoção nasce de uma relação do fiel com o santo ou a santa. As devoções são expressão da fé, expressam o desejo de santidade, de transformação. Somos necessitados de presenças que nos animem na caminhada, especialmente no sofrer e no morrer”, ressalta dom Leonardo.

A fama de casamenteiro lhe rendeu muitas crenças populares como virar o santo de cabeça pra baixo, tirar o menino Jesus de seus braços, encontrar a medalha ou imagem no bolo, entre tantas ouras promessas. Outra curiosidade é que o nome de batismo de Santo Antônio é Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Ele nasceu em 1195, em Lisboa e aos 15 anos ingressou na Ordem dos Agostinianos. Aos 25 anos, já em Coimbra, foi ordenado sacerdote e adotou o nome de Antônio quando pediu para ingressar na Ordem dos Frades Menores tocado pelo martírio de três Frades Menores em Marrocos, cujos corpos foram enviados ao mosteiro em que se encontrava Santo Antônio.

Segundo dom Leonardo, como frade desejou ir para Marrocos para também receber o martírio, mas o navio foi para na costa da Itália. Ali viveu de maneira, simples entre os frades, até o dia em que foi convidado a fazer a homilia numa festa do convento. Os frades, assim, perceberam o seu preparo e santidade. Foi, então designado para a pregação e para a preparação dos confrades. São Francisco pediu que ele ensinasse teologia aos Frades Menores. Santo Antônio ficou famoso pelas suas pregações, sua via de penitência e pelos milagres.

Padroeiro de Pádua e de Lisboa, o santo venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar coisas perdidas morreu em Pádua, na Itália em 13 de junho de 1231 aos 36 anos de idade. Ali foi sepultado numa basílica que se tornou lugar de peregrinação. Ele foi canonizado no ano seguinte pelo papa Gregório IX.

Há ainda outra tradição ligada a este santo popular, o famoso pão de Santo António, como “símbolo de proteção e bênção, que se guarda de um ano para o outro, para que não falte o pão na mesa.

Para dom Leonardo a vida dos santos, as santas sevem de inspiração de fé. Pode acontecer que vejam nos santos apenas o final da história, leiamos uma biografia, mas não somos atingidos pela mesma dinâmica do Evangelho que os animava e transformava.

“Na Igreja formamos a Comunhão dos Santos! A comunhão de todos os que foram revestidos e salvos por Cristo Jesus. Vivemos dessa relação profunda e recebemos dessa relação forças e graças”, ressalta.



Oração inicial

Amadíssimo Protetor meu, Santo Antônio! Eis-me aqui, a teus pés, plenamente confiando em vossa poderosa intercessão. Olhai-me com aquele espírito de doce e terna compaixão com que olhavas aos pobres. Pobre sou eu, Santo meu! Vejo-me cheio de misérias. A vida para mim é contínua luta. Pão de felicidade, de alegria, de saúde, de paz e de virtude, quanto me faz falta a tua amorosa proteção! Ouvi-me, peço-vos humildemente, para que vosso nome de Taumaturgo seja novamente glorificado. Creio em vosso poder, em vossa bondade, amo vosso coração de pai e bendigo a Nosso Senhor, que te fez grande na Terra e no céu. Amém.

Oh! Astro de Espanha, pérola de pobreza, Antônio, pai da ciência, exemplo de pureza, luz da Itália, Doutor da verdade, Sol de Pádua resplandecente em sinais de claridade. Amém.

Santo Antônio, protetor dos que sofrem.

Todo sofrimento, em qualquer de suas manifestações… a dor do pecado, a perda da saúde, a escassez de recursos, as injustas perseguições, a ausência de paz, as grandes preocupações, as grandes tristezas…, quanto podem atormentar a alma…
Tudo foi motivo de compaixão para o Santo, foi matéria de milagres seus, foi motivo de sua misericórdia… Acudamos, pois, a seu coração compassivo com vivíssima confiança.


Rezar 3 Glórias à Santíssima Trindade.

V: Rogai por nós, Antônio beatíssimo.

R: Para que por tua intercessão alcancemos as alegrias da vida eterna.

Oração Final

Alegre, Senhor, a vossa Igreja a devota e humilde oração do glorioso Santo Antônio, vosso servo. Para que sejamos sempre socorridos nesta vida com os auxílios da graça e mereçamos conseguir depois as alegrias eternos da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que com Vós e o Espírito Santo vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém.


Fonte : CNBB / 

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