Para te ajudar a falar sobre os objetos litúrgicos que fazem parte do Rito Eucarístico da Santa Missa preparamos esse artigo completo
"A Eucaristia é um mistério altíssimo, é propriamente o Mistério da fé, como se exprime a Sagrada Liturgia: Nele só, estão concentradas, com singular riqueza e variedade de milagres, todas as realidades sobrenaturais. [...] Sobretudo deste Mistério é necessário que nos aproximemos com humilde respeito, não dominados por pensamentos humanos, que devem emudecer, mas atendo-nos firmemente à Revelação divina" (carta encíclica Mysterium Fidei).
O que são símbolos?
A Santa Missa: parte por parte
OBJETOS LITÚRGICOS
ALFAIASÉ o nome que se dá ao conjunto dos objetos litúrgicos usados nas celebrações. "Com especial zelo a Igreja cuidou que as sagradas alfaias servissem digna e belamente ao decoro do culto, admitindo aquelas mudanças ou na matéria, ou na forma, ou na ornamentação que o progresso da técnica da arte trouxe no decorrer dos tempos" (SC 122c). Portanto, templo, altar, sacrário, imagens, livros litúrgicos, vestes e paramentos, e todos os objetos devem manifestar a dignidade do culto, que, como expressão viva de fé, identifica-se com a natureza de Deus, a quem o povo, congregado pelo Filho e na luz do Espírito Santo, adora "em espírito e verdade".
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Além desses objetos, há também os castiçais, candelabros, velas, a bacia a jarra, utilizadas no rito do lavabo, um pouco antes do ofertório. Tais objetos devem ser confeccionados com o mesmo decoro e bom gosto que se exigem dos demais objetos sagrados.
CORES UTILIZADAS NA LITURGIAAs cores litúrgicas variam de acordo com o tempo litúrgico ou a solenidade que se celebra. As cores aparecem nas vestes do sacerdote e do diácono, na toalha do altar e do ambão e, eventualmente, nas cortinas colocadas atrás do altar (onde houver). Branco - simboliza a paz, a vitória, a ressurreição, a pureza e a alegria. É utilizado na Quinta-feira Santa, na missa solene da Vigília Pascal do Sábado Santo e em todo o Tempo Pascal. Também é usado no Natal, nas festas dos santos não mártires e nas festas do Senhor, com exceção da Sexta-Feira Santa. Vermelho - simboliza o amor, o sangue, o martírio, o fogo. É utilizado no Domingo de Ramos, na Sexta-Feira Santa, no domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos e dos santos mártires e dos evangelistas. Verde - simboliza a esperança. É usado em todo o Tempo Litúrgico comum, quando não há uma festa de um santo ou do Senhor. Nesses casos, utiliza-se a cor adequada. Roxo - simboliza a penitência. Usa-se nos tempos penitenciais (Quaresma e Advento). Também se pode utilizá-lo nos ofícios e missas pelos fiéis defuntos. Preto - simboliza o luto. É utilizado geralmente nas missas rezadas pelos mortos. Rosa - significa a alegria. É utilizado somente em duas ocasiões, no tempo litúrgico: no terceiro domingo do Advento, tambem chamado 'Gaudete', e no quarto domingo da quaresma, chamado de 'Laetare'. Tais celebrações, em que se destaca a alegria, foram inseridas nos tempos penitenciais como forma de alentar os fiéis em meio aos rigores próprios daqueles tempos. OUTROS SÍMBOLOS
| O TEMPLO"A arte sacra deve caracterizar-se pela sua capacidade de exprimir adequadamente o mistério lido na plenitude de fé da Igreja" (Ecclesia de Eucharistia). Nossos templos, portanto, devem ser sinais inequívocos da nossa propria fé. O decoro, a harmonia, a beleza, mesmo nos edifícios mais austeros, tudo deve testemunhar a dignidade do culto que lá se celebra. Selecionamos, a seguir, as expressões pelas quais são conhecidas as principais partes do templo. Altar - mesa fixa, destinada à celebração eucarística. É o lugar onde se renova o sacrifício redentor de Cristo. De acordo com as normas da liturgia, cada altar conserva, numa cavidade especial, grãos de incenso, relíquias de santos e um documento de consagração assinado pelo bispo. Antes, os altares eram encostados à parede, sendo o altar-mor (o principal da igreja) localizado em um nível mais alto, acessível por um número ímpar de degraus. Após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o altar fica numa localização mais central do presbitério, permitindo ao sacerdote circundá-lo, na celebração. Sacrário ou tabernáculo - pequeno compartimento onde são guardadas as partículas consagradas. Deve ficar no local de maior dignidade do templo. O tabernáculo deve ser confeccionado de modo a exprimir a riqueza do tesouro que contém. Uma lâmpada vermelha acesa avisa ao fiel que o sacrário contém o Santíssimo. O cibório, com a reserva eucarística, é velado por uma pequena cortina, chamada conopeu, com a cor litúrgica do dia. Ambão - é uma tribuna destacada destinada à liturgia da palavra, localizada no presbitério. Consta de uma plataforma alta, sustentada por colunas ou por um alto pedestal, delimitado por parapeitos que se prolongam ao longo da escada de acesso. Em sua acepção mais simples, um pequeno móvel, onde se coloca o lecionário ou evangeliário, para as leituras. Presbitério - é a parte da igreja reservada aos oficiantes (presbíteros). Com freqüência, situa-se num nível mais elevado, para pôr em relevo a sacralidade do lugar e também para tornar mais visível o desenrolar do rito sagrado aos fiéis. É, por assim dizer, o espaço vital do templo, onde se desenvolve todas as ações litúrgicas. Nele estão o altar, a cátedra do bispo (quando houver), os assentos para os sacerdotes, o ambão, etc. Credência- pequena mesa, próxima do altar, onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração. Púlpito - era o lugar onde o presidente predicava, geralmente um lugar elevado de modo a que todos pudessem ouvir a homilia. Os templos construídos mais recentemente não mais trazem púlpitos. Geralmente, a predicação é feita no presbitério, no ambão. Nave da igreja - é o espaço do templo reservado aos fiéis. |
POSIÇÕES
CORPORAIS
Na
liturgia toda a pessoa é chamada a participar. Assim, os gestos corporais são
também vivamente litúrgicos. Assim, temos:
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Estar em pé: é
a posição do Cristo Ressuscitado, atitude de quem está pronto para obedecer,
pronto para partir. Demonstra prontidão para por em prática os ensinamentos de
Jesus.
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Estar sentado: é
a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta
posição cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a leitura do
Evangelho), na hora da homilia e quando a pessoa está concentrada, meditando.
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Estar ajoelhado: é
a posição de quem se põe em oração profunda, confiante.
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Fazer genuflexão: faz-se
dobrando o joelho direito até o solo. Significa adoração, pelo que é reservado
ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário. Não fazem
genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos que se
usam nas celebrações, por exemplo, a cruz, os castiçais, o livro dos
evangelhos.
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Prostrar-se: significa
estender-se no chão; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e
também de súplica. Gesto previsto na Sexta-feira santa, no início da celebração
da Paixão. Também os que vão ser ordenados diáconos e presbíteros se prostram.
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Inclinar o corpo: é
uma atitude intermediária entre estar de pé e ajoelhar-se. Sinal de reverência
e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-se inclinação diante da
cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a bênção; quando, durante o
ato litúrgico, há necessidade de passar diante do tabernáculo; antes e depois
da incensação, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos diversos
livros litúrgicos.
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Erguer as mãos:
é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. Geralmente se usa durante
a recitação do Pai-nosso e nos cantos de louvor.
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Bater no peito:
é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na oração Confesso
a Deus todo poderoso...
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Silêncio: atitude
indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito, atenção, meditação,
desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na celebração eucarística, se
prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração
inicial, após uma leitura ou após a homilia. Depois da comunhão, todos são
convidados a observar o silêncio sagrado.
SÍMBOLOS
LITÚRGICOS LIGADOS À NATUREZA
§ A
ÁGUA - A água simboliza a vida (remete-nos
sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode
simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o pecado).
§ O
FOGO - O fogo ora queima, ora aquece, ora
brilha, ora purifica. Está presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado
Santo e nas incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo
sobretudo da ação do Espírito Santo.
§ A
LUZ - A luz brilha, em oposição às trevas,
e mesmo no plano natural é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o
caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o
fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se
a um número infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de
trevas. É o símbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz
e, pois, a expressão mais viva da ressurreição.
§ O
PÃO E O VINHO - Símbolos do alimento humano. Trigo
moído e uva espremida, sinais do sacrifício da natureza, em favor dos homens.
Elementos tomados por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício
redentor.
§ O
INCENSO - Como se falou no número 33, com sua
especificidade aromática. Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que
sobe a Deus, ora como louvor, ora como súplica.
§ O
ÓLEO - Temos na liturgia os óleos dos
Catecúmenos, do Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do
Batismo, da Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do
gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo - além de
ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o gesto simbólico de
ungir. Tal também acontece com a água: ela supõe e cria o banho lustral, de
purificação, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (abluções), e do
"asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e
na Vigília do Sábado Santo, como memória pascal de nosso Batismo. A esses
gestos litúrgicos e tantos outros, podemos chamar de "símbolos
rituais". A unção com o óleo atravessa toda a história do Antigo
Testamento, na consagração de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo
Testamento, com a unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A
palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.
§ AS CINZAS - As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.
muito bom vou usar no meu proximo encontro
ResponderExcluirera que eu precisava
ResponderExcluirencontrei meu blog perfeito
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