Perseguição Religiosa ? Advogado do Padre José Eduardo aponta abusos na investigação sobre golpe

“Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal", diz advogado



De acordo com investigação da Polícia Federal, padre José Eduardo de Oliveira e Silva atuou em plano golpista para impedir posse de Lula

A inclusão do padre José Eduardo de Oliveira e Silva na lista dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em um plano de golpe de Estado chamou atenção por unir um líder religioso a um contexto de conspiração política. O sacerdote, que é Pároco da Paróquia São Domingos em Osasco (SP), teria participado de reuniões com o então presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu núcleo próximo para discutir maneiras de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2022, segundo aponta a PF.

De acordo com as investigações, a reunião ocorreu no dia 19 de novembro de 2022 e contou ainda com a presença do ex-assessor para Assuntos Internacionais Filipe Martins e do advogado Amauri Feres Saad. Os dois também estão na lista dos indiciados nesta quinta-feira (21).

O padre da Diocese de Osasco nega ter participado da reunião e alega que dava apoio espiritual a Bolsonaro desde 2018, quando o então candidato à Presidência foi esfaqueado durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).


“Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal como um dos indiciados pelos investigadores. Os mesmos investigadores não se furtaram em romper a lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais que possuem garantia de sigilo e foram realizadas pelo padre. Quem deu autorização à Polícia Federal de romper o sigilo das investigações?”, disse à CNN o advogado Miguel Vidigal.

Ele disse ainda que “até onde se sabe, o Ministro Alexandre de Moraes decretou sigilo absoluto” e que “não há qualquer decisão do magistrado até o momento rompendo tal determinação”.


Sobre o Padre


Padre José Eduardo é conhecido no meio católico e influente nas redes sociais, Doutor em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma). No Instagram, seus dois perfis somam mais de 440 mil seguidores. As páginas também remetem para o site pessoal dele, no qual são vendidos cursos online de apoio espiritual. 

Entre os títulos da série “Batalha espiritual”, estão “Aprenda a combater o mal” e “Aprenda a combater os demônios”. No alto da sua página, ele destaca uma passagem bíblica: “Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. (Efésios 6,11)”. “Nesse curso você aprenderá a se blindar das forças demoníacas e treinar para a batalha espiritual”, acrescenta.



Celular apreendido


O pároco foi alvo de mandado de busca e apreensão pela PF em 8 de fevereiro de 2024, suspeito de integrar o “núcleo jurídico” que daria apoio ao movimento para impedir a posse de Lula.

Após o indiciamento desta quinta-feira, a defesa do religioso criticou a divulgação dos nomes envolvidos pela PF. “A nota da Polícia Federal com a lista de indiciados é mais um abuso realizado pelos responsáveis da investigação e, tendo publicado no site oficial do órgão policial, contamina toda instituição e a torna responsável pela quebra da determinação do ministro de sigilo absoluto”, afirmou o advogado Miguel Vidigal em nota. A PF justifica a divulgação dos nomes dos indiciados com o intuito de evitar a disseminação de informações incorretas.

No início do mês, José Eduardo prestou depoimento de duas horas à PF. Na ocasião, a defesa também criticou o acesso dos investigadores ao celular do padre, alegando violação do sigilo sarcerdotal, por terem acessado conversas dele com fiéis.

Perseguição Religiosa


Número de cristãos perseguidos no mundo é maior que a população brasileira. Cerca de 365 milhões de pessoas são perseguidas, ou seja, um em cada sete cristãos

Católicos, não temam a perseguição! Ao cumprirmos nossa missão de ser “sal da terra” e “luz do mundo”, é inevitável que sejamos perseguidos e caluniados, pois a verdade do Evangelho incomoda os que são insossos e vivem nas trevas.


A verdadeira Igreja, odiada e perseguida pelo mundo, é também a Igreja dos mártires, isto é, daqueles que estão dispostos a morrer pela Verdade e de proclamá-la sem reservas. O mundo nos acusa de sermos inquisidores que matam pela Verdade. Mas é justamente o contrário, a identidade da Igreja de Cristo é a daqueles que morrem pela Verdade, e derramam o próprio sangue para que outros a conheçam.

A promessa de perseguição, censura e silenciamento dos sacerdotes começa a se cumprir. Os tempos são muito difíceis. Essa ação abre um precedente terrível de perseguição aos católicos. Há um tempo atrás, o Pe. Paulo Ricardo também foi alvo do próprio Alexandre de Morais , Frei Gilson , Canção Nova e Insituto Hesed sofreram com quedas em suas lives de oração da Quaresma de São Miguel.

E não tenho medo de afirmar: o Silêncio da CNBB e a falta de apoio público incomoda nós católicos que defende e professa a fé católica .Esse silêncio então permite a perseguição de muitos outros, perseguindo-os e silenciando-os.

Estamos no Brasil, mas daqui a pouco podemos ser um espelho da Nicarágua!

Oremos ! 


Fontes : Portal G1 / Terra / CNN / Cartasdeovero

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