D. Sônia Aparecida faleceu nos primeiros dias de Março de 2025 e foi catequista por 40 anos grande parte na Paróquia São Bento em São José dos Campos.
Quero parafrasear Diácono Nelsinho Correa quando disse do falecimento do Monsenhor Jonas Abib " Ele não morreu, Foi semeado". Por uma vida inteira D. Sonia semeou Jesus em crianças e jovens em um dos bairros mais populosos da cidade e da zona sul estimado em mais ou menos um agrupado de 25 bairros (dados de dezembro de 2024 divulgado pelas mídias jornalisticas da cidade me perdoe se falhar nos dados não me recordo exatamente).
Exemplo de catequista e compromisso, são adjetivos que posso afirmar de quem conheci pessoalmente e aprendi a lidar com as dificuldades que surgem em salas no inicio da minha experiência como catequista .
'Catequista' já era parte do seu nome como um sobrenome de registro em cartório isso é parte do seu reconhecimento pastoral.
Conheci D. Sônia quando tive a experiência de ser catequista por alguns anos na paróquia e depois da primeira turma formada fui encaminhado para três turmas na comunidade Nossa Senhora das Graças ( uma na quarta e duas no sábado) e foi ela quem eu tive mais contato por alguns anos.
Na época gostava de chegar bem cedo para preparar a sala para o encontro e ela chegava na porta e me dizia : 'já está aqui ? Qual o tema de hoje ? Tá preparado ? Olha o horário hein ! Qualquer coisa me Chama " e passávamos alguns minutos conversando e eu claro querendo ajuda em alguns pontos que sabia que tinha em melhorar ou não tinha clareza como agir - até porque cheguei a ser catequista do filho dela e não queria errar com Ela que me ajudava a cada semana , sempre temos essas expectativas de não decepcionar quem admiramos não é mesmo ? - A ajuda dela era principalmente em relação a pontos importantes em sala - era da pastoral da crisma e então os jovens vinham com 13/14 anos e alguns temas era importante alguém mais adulto poder falar e eu a chamava e ela vinha com muita alegria e sorriso largo falar para aqueles adolescentes que ela também havia formado anos anteriores.
Na minha experiência sei que atingimos muitas famílias quando assumimos nossa vocação e isso é extremamente importante porque nos relacionamos com almas para Deus - grande parte das vezes o catequista é a porta da igreja para vocações, expansão da fé e milagres cotidianos através do aprendizado da adoração e oração . Ser catequista hoje é um ministério na Igreja, fato consagrado pelo Papa Francisco, sempre acreditei que o catequista é o coração da igreja, da paróquia e são eles que de alguma forma estão todos os dias formando os evangelizadores do futuro.
Em nossa convivência paroquial perdemos algumas pessoas ao longo da história que fizeram parte de nossa vida e deixam conosco pequenos pedaços do céu dentro da gente e que anos mais tarde podemos entender seu significado de uma partida tão recente ( em especial deixo registrado minhas saudades também e respeito pela história Karine Nogueira Matos , Gustavo Muller e o Diácono Geraldino)
Na antiga pastoral da crisma gostávamos de chamar os catequistas de 'anjos' por todo histórico que essa vocação do catequista representa em seu contexto de formação e trabalho pastoral. Neste contexto digo que D. Sônia foi um anjo para muitas pessoas ao longo de sua vida.
Que D. Sônia para sempre também seja lembrada com amor e dedicação de servir a Jesus, vimos em sua história e em tantas movimentações na rede social que sua recente partida deixa um legado enorme em nossa comunidade paroquial.
Semeamos agora sua saudades e aprendizados.
Por graça e Misericórdia de Deus e por sua vida e história,
Obrigado D. Sônia.
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