O curta-metragem São Marino, dirigido por Leide Jacob, que se identifica como homem, e narrado pelo padre Júlio Lancelotti, estreia em 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, no YouTube. O filme se anuncia como uma obra que resgata o “transmasculine”. A ideia do filme é que santa Marina deveria ser oficialmente são Marino porque era “trans”.
O filme foi lançado em 2022. O padre Lancelotti, pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, e vigário da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo da arquidiocese de São Paulo (SP) diz em sua narração que “Marino foi canonizado como Santa Marina”.
No final do trailer, diz que o filme foi baseado na “história ‘oficial’ divulgada no site da arquidiocese de São Paulo e do Christian Youth Channel”.
Em 2022 a arquidiocese, procurada pela ACI Digital, a arquidiocese de São Paulo limitou-se a publicar uma nota, que republicou hoje (11), dizendo, sem mencionar o padre da arquidiocezse, que “em relação às notícias de divulgação do trailer do documentário intitulado São Marino, a Arquidiocese de São Paulo manifesta que tal narrativa não condiz com a realidade sobre a vida de Santa Marina, venerada pelos católicos”.
“Santa Marina era uma jovem órfã de mãe que, para continuar a viver com o pai, que decidira ingressar em um mosteiro, disfarçou-se de monge e consagrou a sua virgindade a Deus. No mosteiro, progrediu nas virtudes, na vida de oração, penitência e caridade. Sua humildade, obediência, espírito de sacrifício e abnegação a destacavam entre os membros daquele mosteiro”, diz a nota.
“Um grande exemplo de sua alma virtuosa é percebido quando a Santa foi falsamente acusada de ter engravidado uma jovem. Podendo defender-se, revelando que, na verdade, era uma mulher, ela silenciou, suportando a provação da calúnia e humilhações, unindo-se aos sofrimentos de Cristo. Seu segredo, assim como a verdade sobre sua inocência, só foi descoberto quando ela faleceu”, continua.
“Quanto ao texto sobre a vida de Santa Maria apresentado no portal da arquidiocese de São Paulo, e citado como uma das fontes para o referido documentário, consiste na reprodução de relatos publicamente conhecidos da devoção popular. Seu conteúdo não fundamenta qualquer abordagem diferente daquela reconhecida pela Igreja Católica”, conclui a nota.
“Trans” é o prefixo usado pelos partidários da ideologia de gênero para designar as pessoas que se identificam como sendo do sexo oposto ao natural. A terminação “-masculine”, usada na divulgação do filme, é parte da linguagem neutra defendida por ativistas da ideologia de gênero e estabelece o uso de expressões que não sejam no masculino nem no feminino. Palavras como “todos” e “todas” são escritas “todes” ou “todxs”, “menino” ou “menina” passam a ser escritos como “menine”.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.
A ideia contraria a Escritura e o magistério católicos. O livro do Gênesis 1, 27 diz: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.
Fonte ACI Digital
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