Taxas de internação por saúde mental dobraram para mulheres que fizeram aborto, diz estudo

Um estudo recente descobriu que a taxa de internações relacionadas à saúde mental dobrou para mulheres que fizeram abortos em comparação com mulheres que deram à luz.

O estudo, publicado em julho no Journal of Psychiatric Research, comparou cerca de 1,2 milhão de mulheres que deram à luz com cerca de 28 mil mulheres que fizeram abortos em hospitais em Quebec, Canadá acompanhando seu histórico médico de 2006 a 2022.

O estudo mostrou que “as taxas de internação relacionada à saúde mental foram maiores devido a abortos induzidos do que em outras gestações”. As internações foram por transtornos psiquiátricos, transtornos por uso de substâncias e tentativas de suicídio.

Associação entre aborto e foi especialmente alta para o grupo de mulheres com menos de 25 anos de idade no momento do aborto, assim como para pacientes que tinham uma doença mental preexistente.

O risco de internação por problemas de saúde mental foi maior nos cinco anos seguintes ao aborto. O risco diminuiu gradualmente depois desse período, mas só depois de 17 anos o risco começou a "assemelhar-se" ao de gestações levadas a termo, segundo o estudo.

Tessa Cox, pesquisadora sênior do think tank Instituto Charlotte Lozier, disse que o estudo é “particularmente poderoso”.

“Esse estudo recente do Canadá, que tem dados de saúde mais abrangentes do que os EUA, se soma a um crescente conjunto de pesquisas que sugerem que o aborto pode prejudicar a saúde mental das mulheres”, disse Cox.

“A indústria do aborto minimiza as evidências, então o fato de que este novo estudo incluiu cerca de um milhão de mulheres e levou em consideração a saúde mental anterior e outros fatores relacionados o torna particularmente poderoso”, disse ela à CNA.

“As mulheres merecem saber todos os fatos — e mulheres e homens que foram prejudicados pelo aborto precisam saber que o perdão e a cura são possíveis”, disse Cox.


Michael New, pesquisador associado sênior do Instituto Charlotte Lozier e professor assistente de prática na Universidade Católica da América, disse que o estudo “dá fortes evidências estatísticas de que o aborto aumenta o risco de uma série de problemas de saúde mental”.

New disse que o estudo tinha muitos pontos fortes, como o tamanho da amostra, a maneira como acompanhou mulheres por um longo período de tempo e como os autores analisaram dados de um longo período de tempo.

New considerou os resultados do estudo "robustos", dizendo que esse estudo se mantém firme contra as críticas que estudos semelhantes enfrentaram.

“Embora outras pesquisas tenham descoberto que mulheres que fazem abortos têm maior probabilidade de sofrer de transtornos mentais, os críticos desses estudos argumentam que mulheres com problemas de saúde mental têm maior probabilidade de fazer abortos em primeiro lugar”, disse New.

“O mais importante é que se mantenha constante o fato de as mulheres no estudo terem sido internadas com problemas de saúde mental no passado”, disse ele sobre o estudo canadense.

Fonte : ACI Digital

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