"Marido" como padrinho de confirmação homossexual nos EUA

Não podemos continuar fingindo que está tudo bem.



Não sou teóloga, nem sacerdotisa, nem autoridade do Vaticano. Sou simplesmente uma leiga, uma catequista que trabalhou na Igreja e uma mãe que se esforça diariamente para educar sua filha na verdade do Evangelho, ensinando-lhe a sacralidade dos Sacramentos e a beleza da fé autêntica.

No entanto, diante da notícia de que o padre James Martin presidiu a confirmação do jornalista assumidamente homossexual Gio Benitez, acompanhado por seu "marido" como padrinho, e que ambos receberam a Sagrada Comunhão, não posso permanecer em silêncio.

Fiquei chocado, não tanto pelo episódio em si, mas pelo que ele representa: um sinal dramático de quanto a batalha espiritual penetrou agora no próprio coração da Igreja.

Sempre soubemos que o demônio odeia a Igreja, mas o que se manifesta hoje é mais sutil e perigoso: uma confusão disfarçada de misericórdia, um relativismo disfarçado de acolhimento, uma nova forma de "cuidado pastoral" que, em vez de conduzir as almas à conversão, as confirma no pecado.

O Evangelho é claro. Jesus acolheu a todos, mas nunca abençoou o pecado. Disse à mulher adúltera: "Vai e não peques mais" (João 8:11). O amor de Cristo é inseparável da verdade, e cada vez que tentamos separá-los, traímos o próprio Evangelho.

É terrível ver como, hoje, alguns ministros do Senhor se curvam à lógica do mundo, esquecendo-se de que a Eucaristia não é um gesto simbólico de inclusão, mas o Corpo vivo de Cristo, que é recebido em estado de graça, com coração contrito e desejo de conversão.

Como catequista, ensinei às crianças e aos jovens que os Sacramentos não são "direitos humanos", mas dons divinos; eles não nos pertencem, mas a Deus. E vê-los manipulados, banalizados ou adaptados a ideologias contrárias à fé causa uma profunda ferida nos corações daqueles que ainda creem na santidade da Igreja.

Não podemos mais fingir que está tudo bem. Quando o contrário ao Evangelho é apresentado como um ato de amor, o mal não precisa mais destruir a Igreja de fora para dentro: ele o faz de dentro para fora, com a cumplicidade do silêncio.

O profeta Isaías advertiu: “Ai daqueles que ao mal chamam bem e ao bem, mal!” (Isaías 5:20). Contudo, hoje, parece que exatamente isso está acontecendo diante de nossos olhos, em nome de uma falsa misericórdia que não salva, mas engana.

Como mãe e educadora na fé, pergunto-me:

O que ensinaremos às futuras gerações?

Esse pecado deixou de existir?

Que alguém possa receber a Comunhão sem confissão, sem arrependimento, sem conversão?

Que a verdade se curva ao sentimento e a doutrina ao desejo individual?

Não, não posso permanecer em silêncio. Não por orgulho, mas por amor à Verdade.Porque quando os pastores se calam, é dever das ovelhas clamar. Aqueles que amam a Igreja não podem permanecer indiferentes às suas feridas.

Todos os dias invoco São Miguel Arcanjo, príncipe dos exércitos celestiais, rezando para que ele lute contra os demônios que hoje se disfarçam de anjos de luz, que confundem misericórdia com permissividade, aceitação com cumplicidade, caridade com relativismo.

A Igreja não pertence ao mundo: pertence a Cristo. E Cristo não muda. Seu Evangelho não precisa ser atualizado, mas sim vivido, amado, defendido — mesmo que isso signifique ser ridicularizado, marginalizado ou perseguido.

A verdadeira caridade nasce da verdade, e a verdadeira misericórdia leva à conversão. Chegou a hora de nós, fiéis leigos, deixarmos de ter medo de nos manifestar.

É tempo de despertar as consciências, de lembrar que a santidade é inegociável e que, cada vez que um sacramento é profanado, o próprio Cristo é ferido em seu Corpo místico.

A batalha é real. É espiritual. Já começou.

E enquanto o mundo aplaude, eu me ajoelho e rezo: São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as malícias e ciladas do demônio. Que Deus o ordene, nós vos suplicamos.
Amém.

Fonte : https://blog.messainlatino.it/ por Zarish Imelda Neno,

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