Quer entender o que está por trás da Ideologia de Gênero?

A ideologia de gênero é uma grande articulação para destruir a família tradicional cristã, nascida da união de um homem e uma mulher. Por isso, vamos primeiro entender essa questão. Para entendermos bem essa triste e maldosa ideologia, é preciso conhecer a grande trama internacional que existe para destruir a família.




O Papa São João Paulo II disse na sua “Carta às famílias” (CF), de 1994, que hoje, como nunca, a família é atingida e ameaçada por várias causas: pela “praga do divórcio”, das “uniões livres”, do aborto, do chamado “amor livre”, do “sexo seguro”, da “produção independente”, dos “casamentos” de homossexuais, dos preservativos, da eutanásia, da pornografia, etc., frutos de uma sociedade mergulhada no consumismo e no utilitarismo, e que fez uma opção pela cultura do prazer. Toda essa desordem moral desaba sobre a família e seus amargos frutos caem sobre a própria sociedade.

Muitas vezes a palavra “gênero” pode aparecer em contextos onde esperávamos encontrar a palavra “sexo”. Em vez de se falar de diferença entre os sexos, fala-se de “diferença entre os gêneros”. Em vez de discriminação por causa de sexo, fala-se em discriminação por causa de gênero.


O eufemismo “gênero” foi criado pela primeira vez por Christina Hoff Sommers, em seu livro “Who stole feminism?”. Nele quis distinguir entre o feminino de igualdade (que busca a igualdade dos sexos), e o feminismo radical surgido nos anos 60, onde surge a perspectiva de gênero. Essa ideologia penetrou nas Nações Unidas (ONU) e então começou sua carreira ascendente.

A primeira conquista foi em Pequim (1995), na Conferência da ONU sobre a mulher, com um documento final que estabelecia uma série de pautas para implantar a ideologia. Desde então esta ideologia está se infiltrando cada vez mais nos costumes e na educação. Reitero novamente, a ideologia de gênero reinterpreta a história sob uma perspectiva neomarxista, em que a mulher é identificada com a classe oprimida e o homem com a opressora. O matrimônio monógamo é a síntese e expressão do domínio patriarcal. Toda diferença é entendida como sinônimo de desigualdade, e portanto é preciso acabar com ela. O antagonismo se supera com a luta de classes.

Começa com a afirmação de Marx, de que toda a história é uma luta de classes, de opressor contra oprimido, em uma batalha que se resolverá só quando os oprimidos se conscientizarem de sua situação, fizerem uma revolução e impuserem a ditadura dos oprimidos. A sociedade será totalmente reconstruída e emergirá a sociedade sem classes, livre de conflitos e que assegurará a paz e prosperidade utópicas para todos.

Foi Frederick Engels quem colocou as bases para a união do marxismo e do feminismo.

Os marxistas clássicos acreditavam que o sistema de classes desapareceria uma vez que se eliminasse a propriedade privada, se facilitasse o divórcio, se aceitasse a ilegitimidade, se forçasse a entrada da mulher no mercado de trabalho, se colocasse as crianças em creches e se eliminasse a religião. Para as feministas de gênero, os marxistas fracassaram porque se concentraram em soluções econômicas sem atacar diretamente a família, que era a verdadeira causa das classes, segundo Dale O´Leary.

Assim, é urgente acabar com o matrimônio monógamo e com a família.

A ideologia de gênero é pujante, já presente através de materiais educativos em colégios e universidades, e pouco a pouco vai entrando na cultura e se propagando pelos meios de comunicação.

Como a natureza é uma oposição à ideologia de gênero, então, seus defensores querem menosprezar a natureza e seus valores. As pessoas desavisadas podem achar o termo “gênero” inofensivo. Seria apenas um sinônimo de sexo. No entanto tal palavra esconde toda uma ideologia: a “ideologia de gênero”.

Prof. Felipe Aquino

Fonte : https://cleofas.com.br/

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